Os anos me confirmam hoje poder pensar que em Xàbia é o mesmo que o prefeito é de um partido político que de outro. Esta conclusão baseia-se na elaboração dos orçamentos que desde a década de 90 até aos dias de hoje é um copy-paste.
São apenas pequenas nuances ou variações e sempre um resquício importante, além de uma lenta dinâmica na execução dos projetos ou necessidades dos cidadãos, quase em tudo, anos de espera. É incompreensível que a equipe do governo Xàbia, com maioria absoluta, estenda o orçamento municipal pelo quarto ano consecutivo.
Eles deveriam ser mais responsáveis por resolver o que precisamos neste momento e refletir todas as necessidades do povo e não esperar pelos restos do tesouro. Você tem que trabalhar e concordar com o documento anual mais importante de um Ayuntamiento e ainda mais nestes tempos de carências sociais, sanitárias, ambientais, económicas e laborais, assim como de propostas estimulantes e necessárias para os jovens.
Somos vereadores democráticos há mais de 40 anos e a imprensa refletia há um ano a opinião dos funcionários públicos daqueles primeiros anos, eles concordavam que iam dar um salto, querendo lançar todos os serviços que a administração regional e local estava assumindo.
Em Xàbia não melhoramos o nível de qualidade que o século XXI exige, dois exemplos: o pavimento do Paseo del Arenal ou a gestão de resíduos e limpeza.
Acho que Xàbia precisa de uma reflexão profunda sobre o que ficou em espera, o presente e o futuro. Reconheça o que foi proposto e o que não foi executado. Ver documentos da Agenda 21 Local, Plano Estratégico, Orçamentos Participativos, Edusi.
É preciso analisar e debater em todos os âmbitos, desenvolver uma apresentação sobre o Estado da Cidade, junto à Sociedade Civil, ou seja, uma Participação Cidadã real e efetiva. Para tanto, com a participação cidadã dos vizinhos, deverá ser instalado um Observatório Municipal do Cidadão para fiscalizar os convênios orçados, sua gestão e sua execução.
Podemos pensar que com 36 milhões de euros por ano, não pesetas, deviam certamente render mais do que se fazia em cada ano.
José Vicente Catala Chorro