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Um vizinho de Xàbia pede ao consistório para os bancos pagarem ao IBI

Janeiro 25 da 2016 - 15: 41

O morador de Xàbia Manuel Mir Cruañes, 80, convocou a mídia sob o portal de sua casa, para exigir que o prefeitura para começar a trabalhar e cobrar a taxa do Imposto sobre Imóveis (IBI) dos bancos que possuem imóveis mesmo que estejam vazios.

Manuel Mir Cruañes, olhando para a varanda de sua casa

Em sua reclamação, Mir exige que a prefeitura "dê as devidas ordens ao seu escritório técnico para documentar quantas casas estão vazias, pertencentes a bancos e as datas de sua conclusão. Desta forma, eles saberão quantos anos devem ao comunidade e pode exigir-lhes o pagamento desse imposto. Devem aplicar a multa correspondente para atrasos e juros acumulados. "

Manuel Mir considera que a igualdade deve ser para todos, ”todos os residentes de Xàbia pagam esse imposto e a democracia é igualdade e respeito para todos. Os bancos têm tratamento privilegiado, não pagam esse imposto nem as comunidades vizinhas e já está bom desses abusos".

Fontes municipais comunicaram a Xàbia.com que o município cobra o Imposto Imobiliário das entidades financeiras pelas casas que possuem, mesmo que estejam vazias.

Mir pede o dinheiro que o banco lhe deve

Mir está entrincheirado desde quinta-feira em sua própria casa localizada na Rua Favara. Nesse dia foi visitado por membros da Guarda Civil, que lhe pediram que abrisse a porta do portal de acesso à propriedade. O vizinho recusou-se a fazê-lo e solicitou a respectiva ordem judicial, que não foi apresentada.

Este vizinho explicou que as razões para a sua recusa em permitir o acesso aos bens dos funcionários da entidade bancária são que “O banco está a dever-me 1.000 euros correspondentes ao adiantamento da ligação eléctrica de toda a quinta que fiz do meu bolso"

E é que Mir está em litígio há vários anos com a instituição financeira que assumiu a fazenda na qual além de sua casa existem mais quatro casas. Em 2008 emitiu uma decisão favorável à ocupação da sua casa, embora para nela residir teve de pagar à Iberdrola o pagamento da electricidade de todo o imóvel.

Manuel Mir teve de se ausentar de casa alguns dias por motivos pessoais e a sua ausência foi aproveitada por alguns squats que acessou as propriedades da fazenda causando danos.

Ao retornar a Xàbia, Mir constatou que, após o assalto à propriedade, a fechadura foi trocada pelo banco e isso o obrigou a chamar um chaveiro. Situação que se repetiu mais duas vezes, por isso exige também do banco o valor das três contas que teve de pagar para ter acesso à sua casa. O valor total é de 700 euros.

Manuel Mir está firme na decisão de continuar a lutar contra o banco e avisa: “Não vou abrir a porta para ninguém, se quiserem entrar, terão que arrombar a porta. Tudo está consertado quando me pagam os 1.700 euros que me devem".

Ele também comentou que, “A todos aqueles que vierem comprar algum dos pisos que existem, direi que estão mal acabados, que têm fugas e estão danificados após oito anos de abandono”. Mir é claro sobre seu objetivo, "Vou tentar não vender um único apartamento".

Manuel Mir em sua casa na Rua Favara

1 Comentário
  1. Felipe ramajo diz:

    Por que não falam o nome do banco no jornal, não entendo, a menos que tenham interesse em protegê-lo.


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