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Guarda Civil desmonta 12 pontos de venda de drogas na Marina Alta

Agosto 19 da 2020 - 09: 49

A Guarda Civil prendeu sete pessoas por serem supostos autores de um crime contra a saúde pública (tráfico de drogas) e de pertencer a uma organização criminosa. Um deles já entrou em prisão provisória.

Os agentes da Área de Investigação da Guarda Civil de Calp iniciaram a operação no último mês de maio de 2020 após saberem da existência de um endereço naquele município, no qual algum tipo de entorpecente poderia ser distribuído, em razão do movimento alarmante de pessoas, fora do edifício, apesar de nos encontrarmos, naquele momento, em estado de alerta.

Os agentes confirmaram os fatos e descobriram a identidade do suposto traficante e, além disso, a identidade da pessoa que estaria fornecendo a droga não só a este primeiro identificado, mas também a outros 11 narcotraficantes, de vários municípios da província de Alicante, além de Calp, como Altea, Moraira e Benidorm e 3 narcotraficantes de Madrid.

Esse grande distribuidor de cocaína já havia cumprido pena em 1.998 pelos crimes de tráfico de drogas e assassinato, tendo sido apreendido, na ocasião, a quantidade de 23 quilos de cocaína e sendo acusado de ser o cérebro de um rede internacional de narcotraficantes de cocaína, ligada a vários cartéis colombianos.

Estas circunstâncias passadas teriam servido como experiência para ele, nesta nova fase criminal atual, manter inúmeras medidas de segurança e realizar contra-vigilância contínua, no comércio de drogas e no trato com os diferentes fornecedores e traficantes finais, dificultando consideravelmente o trabalho investigativo dos agentes.

O suposto dirigente contava atualmente com uma rede de clientes muito extensa, sendo considerado o centro nevrálgico do abastecimento de cocaína por vários traficantes de drogas, radicados em diferentes municípios da província de Alicante e Madrid, passando a ter sob seu comando e administrar dezenas quilos de cocaína, para atender a essa demanda dos compradores, durante os mais de 5 anos que, segundo a investigação, poderiam estar traficando com essa substância.

Nesta ocasião, durante o desenvolvimento dessa operação, os investigadores observaram que ele seguia um modus operandi diferente do realizado na prisão de 1998, pois agora delegava as funções de preparo, dispensação e adulteração do medicamento, bem como de manejo do o cliente e a cobrança, em uma terceira pessoa, um funcionário, 67 anos, com histórico de crime de lavagem de dinheiro, a quem pagaria um salário de 1.500 euros mensais mais alojamento, pela realização destes tarefas.

O líder, portanto, ficou encarregado apenas de viajar a Madri para negociar e adquirir grandes quantidades de cocaína. Parte desse medicamento foi distribuída para pessoas de confiança na capital do país e a outra parte foi entregue a essa funcionária, para que ela fosse transferida para uma "casa segura" no Calp, onde morava e de onde era responsável. armazenar, dosar e distribuir cocaína, por sua vez, para os muitos traficantes de menor porte localizados nas cidades vizinhas.

Mais de meio quilo de cocaína de alta pureza foi apreendido dessa mulher no momento do registro da dita “casa secreta”, droga que, depois de ser vendida aos narcotraficantes finais e, depois de ser adulterada por eles para obter maior rentabilidade e maior margem de lucro, teria atingido o valor de mercado de 120.000 euros.

Esses últimos traficantes vendiam as doses de cocaína no varejo, em suas próprias casas ou, ainda, viajando para encontrar o cliente na via pública.

Um dos detidos, por sua vez, traficou cocaína através do bar que ele próprio dirigia, gerando considerável alarme social entre os moradores da cidade, devido à proximidade com uma área de grande fluxo turístico.

Nesta operação inédita, foram realizados 5 cadastros e buscas (4 residências e 1 bar de coquetéis, todos no Calp), da qual participaram agentes da Guarda Civil daquele município, da Unidade de Segurança Cidadã (USECIC) e o Serviço Cinológico, ambos do Comando de Alicante.

Como resultado, um total de 7 pessoas foram detidas, 6 homens entre 45 e 60 anos e uma mulher, 67, que já entrou em prisão provisória, deixando o restante dos detidos em liberdade provisória com acusações, pendentes de julgamento.

Embora a fase de investigação esteja encerrada, novas prisões não estão descartadas, dadas as múltiplas ramificações e complexidade dessa rede criminosa.

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