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Região registrou queda do desemprego durante o mês de março

Abril 16 da 2021 - 13: 56

Bons dados de desemprego em março com ativação das contratações e queda da ERTE. Pela primeira vez, neste mês de março, podemos olhar para trás um ano e comparar os dados de trabalho com um mês de março de 2020 totalmente afetado pela crise do coronavírus, mudando significativamente alguns dos problemas que podem ser encontrados no ano-a-ano comparações de anos.

O número de filiados à Previdência Social em março aumentou em quase 1.140 filiados, atingindo 52.328 filiados, o que se traduz em um aumento de 2,22%. Este dado parece positivo, mas deve-se levar em consideração que o mês de março é tradicionalmente um mês de geração de muito emprego. Ressalte-se que na última década somente em março de 2020 ocorreram perdas de empregos, havendo em todos os demais meses de março, sem exceção, crescimento do emprego. Portanto, esses 1.138 a mais do que afiliados em março de 2021, representam um
aumento modesto em relação ao que deveria ser visto um ano antes da crise.

Em relação à série com ajuste sazonal de filiados, um ligeiro aumento da filiação mal se reflete em março, o que se traduz em crescimento do emprego, com variação de 0,89% em relação a março de 2020. É interessante saber a seqüência seguida, pois antes do COVID- Na crise, em fevereiro de 19, o emprego crescia a uma taxa de 2020%. Em março de 2,2, entramos em perda de empregos ano a ano, com períodos como junho, com perdas ano a ano de mais de 2020%, (-8 afiliados). É de
Julho quando essa tendência vem se recuperando progressivamente, sendo este mês de março que, pela primeira vez desde o início da crise, o emprego aumenta em relação ao mesmo mês do ano anterior, e é assim, porque pela primeira vez estamos comparando o mês de março de 2021 com dados de 12 meses atrás já afetados pela crise. Daí a sua melhoria significativa, e do que tinha sido um índice de destruição de empregos em termos homólogos, passa para positivo, o que significa, em termos de pessoas, um acréscimo de 461 membros da Segurança Social em um ano.

O Regime Geral, onde contribui a maioria dos ocupados, recupera 1.034 filiados e somou 32.901 contribuintes em março, 3,24% a mais que em fevereiro de 2021. Filiação ao Regime Agrário Especial é o setor mais afetado Em termos relativos, caiu de 1,2% em relação ao mês anterior e redução de 6,36% em relação ao mesmo mês do ano anterior, atingindo 427 afiliados.

Quanto ao número de desempregados na Marina Alta durante o mês de março, tem sido um bom mês para o desemprego registado. A taxa de desemprego caiu em 500 pessoas em relação a fevereiro (-3,37%), alcançando um total de 14.322. Tem sido o melhor mês dos últimos dois anos e contrasta muito notadamente com o que aconteceu em março do ano passado, em que se registou um pico de aumento do número de desempregados face ao mês anterior de mais de 780 desocupados. Apesar de haver queda no número de desempregados em relação a fevereiro, seu valor continua acima do que era há um ano.

O desemprego registado cresceu 2.553 pessoas no último ano, este crescimento anual representa um acréscimo em termos interanuais de 21,69% (face a março de '20).

Os aumentos percentuais no último ano foram um pouco mais intensos no caso das mulheres. Em ambos os grupos populacionais, verificam-se aumentos do desemprego, um aumento de 21,90% nas mulheres e 21,43% nos homens, em relação a março de 2020. Da mesma forma, o desemprego diminuiu mais entre os homens do que entre as mulheres e, neste primeiro trimestre do ano, o número de mulheres desocupadas é superior (8.071 desocupadas, 55,35%) do que o de homens (6.251 desocupadas, 43,65%).

Se analisarmos o desemprego por setores produtivos, o setor mais afetado em relação ao mês anterior é a Agropecuária (+ 2,38%), embora o setor de Serviços tenha o maior índice de desemprego (11.136), é o setor em que o desemprego mais caiu na comparação a fevereiro último (-4,04%).

No entanto, se olharmos para as taxas anuais e compararmos os números deste mês de março de 2021 com março de 2020, os números são muito mais alarmantes. Assim, o setor Agropecuário aumentou seu número de desempregados em um
29,65% (+59 pessoas), os Serviços aumentaram o número de desocupados em 21,49% (+1.970 pessoas), a Indústria em 12,62% e a Construção em 11,16% (+68 e +154 respectivamente).

Ao calcular a taxa de desemprego na Marina Alta, verifica-se que esta diminuiu face a fevereiro, atingindo uma taxa de desemprego estimada em 21,48%.

Novamente, como em análises anteriores do mercado de trabalho, é necessário conhecer a evolução do número total de ERTEs e assim reconhecer a chamada “filiação efetiva” - nem todas as pessoas inscritas como filiadas à previdência estão efetivamente trabalhando- e para isso deve conhecer a população em ERTE.

No mês de março, foram agregados apenas 12 processos de regulação do trabalho temporário na Marina Alta, o que representa um acréscimo de aproximadamente 26 trabalhadores afetados (são cerca de 3.773 ERTE solicitadas acumuladas desde o início da pandemia a que afetaram cerca de 15.608 filiados ) Como esperado, o grande peso das concessões mantém-se nas actividades do sector dos serviços (90,4%), nomeadamente na actividade de restauração e banca de alimentação (de 26,4% das empresas com cerca de 4.421 filiais afectadas), estabelecimentos de bebidas (cerca de 12,6% e cerca de 1.568 filiados afetados), cabeleireiros e outros tratamentos de beleza (cerca de 4,6% com cerca de 342 trabalhadores afetados), manutenção e reparação de veículos automóveis (cerca de 2,8% e cerca de 361 trabalhadores afetados), entre outros.

Em relação aos contratos, também podemos estabelecer uma comparação, que pela primeira vez pode ser contrastada ano a ano em relação ao mês de início da crise (março de 2020) e crescimento no
contratando. Assim, temos um aumento global de 2,84% no recrutamento (72 a mais que em março de 2020).

Por modalidade, temos que as contratações permanentes aumentaram 28,06%, enquanto no caso da
A contratação temporária apresentou redução em relação a março de 2020 de 3,45%.

Em relação ao mês anterior, o acréscimo foi de 48,77% ou igual, 854 contratos a mais do que em fevereiro de 2021. Destaque para o fato de a contratação de mulheres ter aumentado, no último mês, 56,23%, enquanto
que o recrutamento de homens cresceu 42,69%.

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