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2021 começa com 30% a mais de desempregados e 30% a menos de contratos na Marina Alta

Fevereiro 15 da 2021 - 09: 53

Os recordes do mercado de trabalho, longe de melhorarem, continuam em queda livre no primeiro mês deste 2021, chamados a ser de recuperação da atividade econômica.

No último mês de janeiro, os números apresentam comportamento negativo. O número de inscritos na Previdência Social em janeiro voltou a diminuir em relação ao mês anterior, recuando 1.083 pessoas, queda de 2,1%.

A série com ajuste sazonal de filiados também reflete a queda da filiação em janeiro e a variação homóloga é de -2,71%, o que em termos de pessoas representa uma redução de 1.424 filiados na Previdência Social nos últimos 12 meses. O número total de afiliados é de 51.149 pessoas. E se compararmos com o mês de fevereiro, onde se situa o início da crise do COVID-19, temos uma queda de 2.562 pessoas nesses onze meses.

O Regime Geral, onde contribui a maioria dos assalariados, perdeu 950 filiados e somou um total de 32.034 contribuintes em janeiro, 4,81% a menos que no ano anterior e 2,9% a menos que em dezembro passado. A adesão ao Regime Especial do Trabalhador por Conta Própria (RETA) - autônomo - voltou a aumentar neste mês de janeiro em relação ao mesmo mês do ano anterior, + 2,50% e manteve-se estável na taxa mensal (0,0%), até atingir 16.968 afiliados.

Quanto ao número de desocupados na Marina Alta durante o mês de janeiro, verificou-se um aumento de 536 pessoas, atingindo um total de 14.439 desocupados, o valor mais elevado dos últimos 4 anos, o que representa em termos relativos o pior janeiro desde 2016 Este crescimento anual para 14.493 desocupados representa um aumento interanual de 3.268 pessoas desocupadas, + 29,25% (em relação a janeiro de 20).

Os aumentos percentuais no último ano têm sido um pouco mais intensos para os homens. Em ambos os grupos populacionais, há aumentos no desemprego, com aumento de 27,81% nas mulheres e 31,12% nos homens, em relação a janeiro de 2020. No entanto, o desemprego cresceu mais entre as mulheres do que entre os homens, como em dezembro, e neste primeiro mês No ano, o número de mulheres desempregadas é maior (8.048 desempregadas, 55,74%) do que de homens (6.391 desempregadas, 44,26%).

Os setores mais afetados

Se analisarmos os setores produtivos, os setores mais afetados em relação ao mês anterior (dezembro de 20) são Agropecuária (+ 8,47%) e Serviços (+ 5,11%), embora, em termos absolutos, o impacto seja bem maior no terciário (+547 desempregados) do que no primário (+20 desempregados). Vale destacar que, no setor da Construção, o número de desocupados diminuiu 2,30% (37 trabalhadores) em relação ao último mês de 2020.

No entanto, se olharmos as taxas interanuais e compararmos os números deste primeiro mês de 2021 com janeiro de 2020, os números são muito mais alarmantes. Com isso, Agricultura aumentou em 35,45% o número de desocupados
(67 pessoas), Construção, 25,50% (319 pessoas), Indústria, 25,41% (125 pessoas) e Serviços, 28,08% (2.466 pessoas).

Ao calcular a taxa de desemprego na Marina Alta, verifica-se que esta aumentou face a dezembro, atingindo uma taxa de desemprego estimada em 22,01%.

Mais uma vez, tal como em análises anteriores do mercado de trabalho, deve ser conhecida a evolução do número total de ERTE, outro dos dados que é relevante para avaliar a evolução do mercado de trabalho. O ano começou com 436 novos processos de regulação do trabalho temporário em vigor na Marina Alta, o que representa um acréscimo de cerca de 1.676 trabalhadores afetados (são cerca de 3.558 ERTE solicitados acumulados desde o início da pandemia que atingiu cerca de 14.903 filiados). Como era de esperar, o grande peso das concessões mantém-se na actividade do sector dos serviços, nomeadamente na actividade de restauração e banca de alimentação (cerca de 25% das empresas com cerca de 4.135 afiliadas),
bebida (mais de 12% e cerca de 1.425 afiliadas afetadas), cabeleireiros e outros tratamentos de beleza (mais de 5% com cerca de 329 trabalhadores afetados), manutenção e reparação de veículos motorizados (mais de 3% e
cerca de 361 ​​trabalhadores afetados), entre outros.

Ao nível dos contratos, como variável que nos informa sobre o dinamismo que o mercado de trabalho está a mostrar, verificamos que no mês de Janeiro se mantém a tendência negativa em termos de número de contratos em relação ao mesmo período do ano anterior . Com isso, temos uma queda global de 28,9% nas contratações (846 contratos a menos que em janeiro de 2020). Por modalidade, temos que as contratações permanentes foram reduzidas em 23,69%, enquanto nas contratações temporárias a redução em relação a janeiro de 2020 foi de 30,02%.

Em relação ao mês anterior, a redução foi de -8,7% ou o que é igual, 189 contratos a menos do que em dezembro de 2020. Destaca-se que os contratos permanentes caíram, no último mês, 65,1%, enquanto as contratações temporárias aumentaram 46,3%.

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