Agentes da Polícia Nacional prenderam um homem e uma mulher, de 62 e 59 anos, respectivamente, em Xàbia por terem fraudado uma pessoa com deficiência mental em mais de 12.000 euros. Os detidos convenceram a vítima a investir em supostos ativos financeiros, usando métodos sofisticados de engano.
A investigação policial começou após uma denúncia registrada em Vitoria-Gasteiz, onde um homem, acompanhado por funcionários de uma instituição sociossanitária, relatou ter sido vítima de um golpe. Devido à sua deficiência mental, a tutela da vítima foi confiada a uma fundação tutelar no País Basco.
Uma fraude baseada em anúncios falsos
As investigações policiais revelaram que os detidos recrutavam suas vítimas por meio de anúncios fraudulentos nos quais usavam, sem autorização, nomes de marcas conhecidas ou pessoas famosas. Clicar nesses anúncios exibia uma janela pop-up solicitando informações pessoais para iniciar o suposto investimento.
Quando a vítima demonstrou interesse, ela foi obrigada a assinar um contrato fraudulento e recebeu a designação de um corretor de investimentos falso. Este último garantiu que os investimentos oferecidos eram altamente rentáveis. Para reforçar a credibilidade do golpe, os golpistas faziam com que as vítimas fizessem testes de múltipla escolha que simulavam acesso exclusivo a oportunidades financeiras de alto rendimento. Por fim, pediram que transferissem dinheiro para uma conta bancária.
Após realizar diversas transferências, a vítima tentou reaver tanto o dinheiro investido quanto os supostos lucros obtidos. No entanto, os golpistas alegaram que não foi possível sacar os fundos naquele momento e, após sucessivos atrasos, informaram que o investimento havia sido perdido. Posteriormente, eles fecharam a conta de investimento, consumando assim a fraude.
A investigação permitiu identificar e localizar os responsáveis em Xàbia, onde atuavam. Ambos foram presos como supostos autores de fraude. Além disso, foi descoberto que eles tinham histórico de delitos semelhantes. Os indivíduos presos foram levados ao tribunal de investigação de plantão em Dénia, onde enfrentarão acusações.